Niterói, 05 de setembro de 2016.
Conforme estabelecido na constituição de 1988 é papel da Universidade pública oferecer ensino, pesquisa e extensão. Além das atividades de sala de aula e de pesquisa, a Universidade Federal Fluminense (UFF) oferece, também, à comunidade acadêmica e à sociedade em geral projetos de extensão. Sendo assim, durante a semana de 29 de agosto a 02 de setembro de 2016, a coordenação do curso de Atuária da UFF, em parceira com os projetos de extensão “Ciências Atuariais: Ciclo de Eventos” (coordenadora: Maria de Lourdes dos Santos Antunes), “Conhecendo o curso de Atuária da UFF” (Carlos Campello) e “Saber em movimento” (Fábio Ferreira), organizou a semana de integração dos calouros.
Na segunda-feira, 28 de agosto, houve a recepção aos novos estudantes do curso de Atuária da UFF, o lançamento da nova logomarca e do vídeo do curso (desenvolvida em parceira com a equipe Desafio na Mídia, vinculada à PROEX-UFF) e o estabelecimento do prêmio Rio Nogueira, que contou com a presença da sra. Julieta Daiub, viúva do atuário que dá nome à premiação. A coordenação de Ciências Atuariais anunciou que os três alunos formandos com o maior coeficiente de rendimento nos dois períodos anteriores à entrega da premiação serão os contemplados. Como exemplo, no início do período letivo de 2017, os três maiores CRs dos formandos de 2016/1 e 2016/2 serão premiados.
Uma terça-feira de cinema e previdência
Na terça-feira, às 15h, teve início o primeiro cine-debate do “Saber em Movimento”, que contou com graduandos da Atuária, bem como de outros cursos da UFF. O filme exibido foi o documentário “SICKO: S.O.S. Saúde”, do diretor estadunidense Michael Moore. Como debatedores, o evento contou com os Profs. Drs. Carlos Campello, Edgard Coelho, Fábio Ferreira e Maria de Lourdes Antunes. A partir dos casos tratados pelo norte-americano, debateu-se, também, a realidade da saúde pública e dos planos de saúde do Brasil.
Mais tarde, às 19h, novo evento. “A previdência social e sua importância na vida do trabalhador brasileiro: benefícios previdenciários e as regras atuais” foi a palestra proferida pelo economista Marcus Vinícius Torres Vasconcelos (analista do Seguro Social e Chefe do Serviço de Benefícios da Gerência Executiva do INSS de Niterói). Dentre as várias questões abordadas, o palestrante tratou da história da previdência à explicação do fator previdenciário, passando pelo questionamento ao lugar comum em relação ao déficit da previdência, mostrando, por exemplo, que a rural é deficitária, ao passo que, em geral, a urbana, não apresenta déficit. Além disto, falou-se da importância da população aderir ao INSS, independente da facha etária, para ter-se direito aos benefícios que este oferece, alertou, ainda, ao público sobre a importância de verificar se a empresa em que se trabalha está a recolher o INSS e a possibilidade de brasileiros que atuaram no exterior se aposentarem no Brasil.
Quarta e quinta: PROEX e o terceiro Setor
A palestra do terceiro dia do evento foi “A importância da extensão no desenvolvimento do discente” proferida pelo Prof. Dr. André Augusto Pereira Brandão (UFF), que explicou sobre a função constitucional da universidade, perpassando pela história do ensino superior no Brasil para, em seguida, apresentar a Pró-Reitora de Extensão ao público presente.
“Controle e transparência na gestão de entidades do terceiro setor” foi a palestra proferida na quinta-feira pelo contador Luiz Francisco Peyon, conselheiro do CRC e autor do livro “Gestão Contábil para o Terceiro Setor”. A palestra abordou questões relativas ao terceiro setor como ambiente sociopolítico, áreas de atuação, formas de captação e geração de recursos financeiros e aspectos legais. O palestrante tratou também da importância do papel dos profissionais de contabilidade e atuária junto a esse segmento, com atuação em ações estratégicas, gestão e prestação de contas.
Sobre a relação entre o terceiro setor e o mercado de trabalho, Marcelo Machado (contador e discente do curso de Atuária da UFF) observa que “nos dias atuais, profissionais, gestores e tomadores de decisões são cada vez mais multidisciplinares. Sendo assim, torna-se imprescindível, também, a busca pelo conhecimento de áreas afins como Ciências Contábeis, Ciências Atuariais e Administração, que possuem características similares, porém com especificidades que, certamente, fornecerão a estes novos profissionais melhores condições para atuar em quaisquer dos setores da nossa economia”.
Sexta: microcrédito, microsseguro e ação social
A palestra da noite de encerramento, dentre os seus diversos aspectos, contou com o ineditismo de ser a primeira videoconferência realizada no curso de Ciências Atuariais, estabelecendo uma conexão Brasil x França: “O microcrédito como instrumento de ação social” foi a palestra proferida pela economista Yessica Abularach (mestre pela Université Toulousse II Jean Jaurès/Encarregada do projeto de desenvolvimento socioeconômico dos imigrantes da Association pour le Droit à l'Initiative Economique, ADIE).
De Toulousse para Niterói, Yessica Abularach apresentou aos alunos da UFF a ADIE, sua trajetória, o seu papel junto às populações menos favorecidas, seja na França, seja fora deste país, como, por exemplo, na Grécia, no Kosovo e na Tunísia. Além disto, fez um breve histórico sobre o microcrédito e o microsseguro, conceituou-os, abordou a diferença de aplicação destes nos países dos hemisférios sul e norte e analisou a necessidade das organizações entenderem o seu público-alvo para o sucesso de seus produtos, sempre dialogando os mencionados aspectos com o contexto da sociedade francesa.
Sobre a palestra, o aluno Felipe Marques, ingressante em 2016/2, observa que “o seguro foi, em muitos casos, uma ferramenta social utilizada para reestabelecer famílias que foram desestabilizadas financeiramente por perturbações alheias às suas vontades. Muitos são imigrantes que estão tentando recomeçar suas vidas na França. Então, a associação pega o dinheiro com o governo e repassa-o justamente às pessoas que não tem como obtê-lo”. Em seguida, o discente agrega que “nota-se que para dar certo foi necessário confiar e estar disposto a enfrentar os riscos dessa operação, pois oferecer crédito para pessoas em situação de vulnerabilidade social não dá garantias de pagamento. Superando expectativas, as pessoas que participaram do projeto envolveram-se de tal forma que a inadimplência foi baixa!”.
A palestra encerrou o evento que congregou a coordenação de Ciências Atuariais, o corpo discente e docente da UFF e os projetos de Extensão.
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