Tag Archives: ENEM

Ciências Atuariais está entre as três carreiras que pagam melhor aos seus estagiários.

Niterói, 22 de maio de 2018.


Da redação
Pesquisa divulgada pelo NUBE (Núcleo Brasileiro de Estágios) na última segunda-feira, 21 de maio, aponta as áreas que melhor remuneram seus estagiários. Diante de uma média nacional de R$ 1.002,79, a área de Agronomia paga R$ 2.076,24, liderando o ranking. Em seguida, vem Ciências Atuariais, com R$ 1.645,00. Na terceira posição, as oportunidades de estágio em Economia são as melhores, pagando aos futuros economistas R$ 1.601,16. Dentre as três áreas que melhor remuneram, duas são do campo das Ciências Sociais Aplicadas: Atuária e Economia.
Em comunicado, o presidente do NUBE, Carlos Henrique Mencaci, associa a boa remuneração dos futuros agrônomos à alta participação do agronegócio no PIB brasileiro, bem como a migração de pessoas do campo para a cidade, faltando, assim, mão-de-obra em áreas rurais.
Desde seu início, em 2008, Economia, Química e Engenharia nunca deixaram o ranking dos mais bem pagos no nível superior. No comunicado, o presidente do NUBE analisa que “são campos muito amplos de atuação e já bem estruturados na sociedade, podendo-se atuar desde a indústria, até a educação. Ainda assim, faltam profissionais bem qualificados, fator decisivo para as empresas manterem uma bolsa-auxílio alta, com o intuito de trazer os melhores para suas equipes”.
O vasto campo que o atuário tem para exercer o seu ofício é, provavelmente, um dos fatores que levam seus estagiários a alcançarem a segunda colocação no ranking. Também há de se frisar o bom desempenho ao fato da boa remuneração que o atuário tem no mercado de trabalho, refletindo, assim, nos estágios da área. 

Sobre a pesquisa
O levantamento realizado pelo NUBE acontece desde 2008. O divulgado na última segunda, ocorreu entre 10 de outubro e 15 de dezembro de 2017, entrevistando 25.434 estagiários de todo o país.

O ranking
Os 10 cursos superiores com média salarial mais alta para estagiários:  
Agronomia: R$ 2.076,24  
Ciências Atuariais: R$ 1.645  
Economia: R$ 1.601,16 
Ciência e Tecnologia: R$ 1.457,81 
Química: R$ 1.371,46 
Engenharia: R$ 1.355,93 
Relações Internacionais – R$ 1.340,64
Marketing – R$ 1.258,63
Farmácia e Bioquímica – R$ 1.257,85
Sistemas de Informação – R$ 1.229,39

 

Voltar à seção

Temas Atuariais

 

O Quinze

Direção/Roteiro: Jurandir de Oliveira
Elenco:  Juan Alba, Karina Barum, Jurandir de Oliveira, Soia Lira e Maria Fernanda
Produção: Brasil, 2004 (1h40min)

o-quinzeO filme é adaptação do romance homônimo de Rachel de Queiroz, que tem como base a seca de 1915, que assolou o sertão cearense. A película é uma oportunidade do espectador entrar em contato com a literatura brasileira, com uma parte da História do Brasil e com a cultura do Nordeste do país – sendo a trama, inclusive, a história dos antepassados de muitos que, hoje, estão em capitais como Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.
A obra cinematográfica mostra momento da história do Ceará repleto de adversidades, quando a seca expulsa uma série de habitantes da região de Quixadá, desestruturando a economia e diversas famílias. Para sobreviver à seca e ter capital para migrar, o vaqueiro Chico Bento desfaz-se de seus bens e sonha com uma vida melhor para os seus, cogitando ir para a Amazônia e viver da borracha. Porém, o personagem está longe de lograr o seu plano de uma vida melhor.
Impossibilitado de abandonar Quixadá pelos caminhos de ferro, Chico, a esposa, Cordulina, a filha adotiva Mocinha e seus quatro meninos partem por terra, enfrentando duro percalço no trajeto, que inclui a fome, o consumo de pouca água, que, a seu turno, é de péssima qualidade, e a dilapidação dos poucos bens que possuem – basicamente uma mula e quantidade ínfima de dinheiro – para sobreviverem nas vias que cortam o sertão do Brasil. No entanto, a mais dura adversidade que Chico enfrenta é ver sua família ser dilacerada. Em função da fome, Josias come mandioca brava, vindo a falecer. Mocinha se separa dos familiares diante de oportunidade de trabalho. Pedro desaparece, acreditando-se que partiu com tropeiros, mas, na verdade, a família que se desfaz pelo interior do Ceará não sabe o que realmente aconteceu com o menino. Manuel (Duquinha) é, em Fortaleza, dado à sua madrinha Conceição.
Por outro lado, o drama de Chico Bento vai além de assistir ao esfacelamento da sua família. Em uma sociedade patriarcal, inserida em um mundo onde a maioria esmagadora busca apenas sobreviver e o pragmatismo das ações é importante estratégia para não morrer, pesa nos ombros de Chico a responsabilidade pelo bem estar da família, prover o sustento dos seus, bem como recai-lhe a tentativa de salvar o filho que, envenenado, agoniza frente aos seus olhos. Também, segundo a película, é sobre Chico que incide a palavra final sobre dar ou não o seu filho Duquinha para Conceição.
Após passar por campo de concentração em Fortaleza para os flagelados, com a ajuda de Conceição, Chico consegue ir para São Paulo. Entretanto, a esta altura, sobra-lhe apenas a mulher e um filho. Partem. Deixam sua terra de origem. Em seguida, vem o fim da seca, oportunidade de recomeço para os que ficam e sobreviveram à seca.