Imagens de Portugal: Lisboa e Mafra

Costuma-se dizer que, depois de Paris, o Rio de Janeiro é a cidade do mundo mais retratada em ilustações e fotografias. Se a afirmação é verdadeira, não importa. Fato é que o acervo fotográfico dedicado à antiga capital do Brasil é extenso e farto, favorecendo, desse modo, a construção da presente seção. Buscando compartilhar um pouco do passado com o público, abaixo, fotos do Rio, divididas em sub-seções: Região Central, Zona Sul, Zona Norte e Zona Oeste. Agora é rolar a barra e curtir belíssimas fotos que trazem parte da história da cidade maravilhosa, "coração do meu Brasil".
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Castelo de Vila da Feira, Quinta do Engenho Novo e Freguesia de Lamas
Nesta edição, a Revista Tema Livre apresenta a sétima parte da exposição virtual “Imagens de Portugal”, com destaque para o Concelho de Santa Maria da Feira, localizado na região das Beiras, na antiga província Douro Litoral. O concelho conta com 240km² de área e cerca de 140.000 habitantes e compõe o Distrito de Aveiro, sendo que nos seus limites encontram-se os municípios de Gondomar, Castelo de Paiva, Arouca, Oliveira de Azemeis, S.João da Madeira, Ovar , Espinho e Vila Nova de Gaia. A sede do concelho é a cidade de Santa Maria da Feira, que está localizada a 30km da cidade do Porto e a 240km de Lisboa. Ainda fazem parte do concelho as seguintes freguesias: Argoncilhe, Arrifana, Caldas de S. Jorge, Canedo, Escapaes, Espargo, Fiães, Fornos, Gião, Guizande, Lobão, Louredo, Lourosa, Milheirós de Poiares, Mosteirô, Mozelos, Nogueira da Regedoura, Paços de Brandão, Pigeiros, Rio Meão, Romariz, Sanfins, Sanguedo, Santa Maria da Feira, Santa Maria de Lamas, S. João de Vêr, S. Paio de Oleiros, Souto, Travanca, Vale, Vila Maior. Destas 31 freguesias, 12 possuem a categoria de vila: Argoncilhe, Arrifana, Fiaes, Lobão, Lourosa, Mozelos, Paços de Brandão, Rio Meão, S. João de Vêr, S. Miguel do Souto, S. Paio de Oleiros e Santa Maria de Lamas.
Sobre a freguesia de Lamas, esta dista cerca de 10km da sede do concelho. Lamas possui 3,92 km² de área, onde encontram-se aproximadamente 5.120 habitantes. Lamas tem nos seus limites as seguintes freguesias: a Norte, Mozelos, a Este, Lourosa, a Sul, Rio Meão e São João de Ver, e a Oeste, Paços de Brandão. Acrescenta-se que Lamas é importante centro produtor de cortiça, com destaque para a produção de rolhas, e é nesta freguesia que estão as sedes da Associação dos Industriais Exportadores de Cortiça e do Centro Tecnológico da Cortiça.
A cortiça tem papel importante na economia da região, vindo, também, a influir em outros aspectos da sociedade de Lamas, como, por exemplo, no artesanato e no acervo do Museu Comendador Henrique Amorim, que conta com diversas peças em cortiça. É importante ainda ressaltar que a Freguesia de Lamas conta com o Estádio Comendador Henrique Amorim, que foi inaugurado em 1930 e com capacidade para 9.000 pessoas. No Estádio funciona a sede do Clube de Futebol União de Lamas, fundado em 1932.
Também nesta exposição virtual encontra-se outra atração do Concelho de Feira, que situa-se na Freguesia de Paços de Brandão (3,71 km² de área e 4 590 habitantes), a Quinta do Engenho Novo. Esta construção é datada do século XIX, onde funcionou uma fábrica de papel, destruída em 1958 por um incêndio, sendo, hoje, importante sítio para a Arqueologia Industrial.
A região de Feira possui vestígios muito antigos, como, por exemplo, castros pré-romanos e vias datadas do período em que o Império Romano ocupou a região. Estas vias ligavam Lisboa a Braga e o Porto a Viseu, continuaram a ser usadas na Idade Média e, muitas delas, estão visíveis até os dias de hoje. Do período medievo, uma grande herança que o Concelho possui é o Castelo de Feira, um dos maiores expoentes – quiçá, o maior – da arquitetura militar medieval portuguesa. Em torno desta edificação surgiu uma feira que, por sua notoriedade, passou a designar a região e a vila que formou-se nas proximidades do Castelo. Observa-se que a feira é realizada até a atualidade.
A denominação da localidade a referir-se à virgem Maria apareceu em documento de 977 e a primeira menção em documentos sobre o Castelo foi na Chronica Gothorum, de autoria desconhecida, datada de finais do século XVII. Na crônica encontra-se informação da vitória de Bermudo III de Leão sobre os mouros nas terras do Castelo de Santa Maria, em 1045. Datada de 1117 há documentação que faz menção à “Terra de Santa Maria, um lugar que as pessoas chamam de Feira.” À época do Condado Portucalense, mais precisamente durante o período de atuação do Conde D. Henrique de Borgonha, o Castelo de Feira, bem como os de Guimarães, Neiva e Faria estavam nas terras controladas pelo Conde.
Neste mesmo período, mais especificamente em 1095, chega ao Condado Portucalense o aristocrata Fernand Blandon, vindo da Normandia. Por sua luta contra o Islão, Blandon ganha uma área designada Villa Palatiolo, que, em função do normando, passa a chamar-se Paços de Brandão. Com o falecimento do Conde D. Henrique, houve a insatisfação dos senhores do sul do Minho em relação a sua viúva, D. Teresa. Deste modo, estes senhores se articularam em torno do filho do finado Conde, D. Afonso Henriques. Grande parte destas articulações, que culminaram na batalha de São Mamede, realizaram-se em Feira e no seu Castelo, sendo que esta batalha foi importantíssima para a independência de Portugal.
Além de D. Afonso Henriques, o Castelo de Feira vincula-se também a outros reis portugueses: Por exemplo, D. Sancho I (1185-1211) elegeu, em seu testamento, esta fortificação, dentre outras cinco, como a principal para eventual refugio da Rainha e das Infantas; D. Dinis (1279 – 1325) garantiu, em 1282, este Castelo (junto com outros onze) como arras a sua esposa, a Rainha D. Isabel; e D. Afonso, filho de D. Dinis, em guerra contra o seu progenitor, tomou o Castelo de Feira, sendo que, após fazer as pazes com seu pai, D. Afonso ganhou-o e, assim, passou a controlá-lo.
Em 1372, o rei D. Fernando (1367-1383) doou o Castelo e as Terras de Santa Maria ao Conde de Barcelos, D. João Afonso Telo de Meneses. No entanto, pelo fato do Conde de Barcelos ter ficado ao lado de Castela na guerra de 1383-1385, ele perdeu o Castelo, pois quando a fortificação caiu nas mãos de D. João I, mestre de Avis, o rei da nova dinastia portuguesa concedeu-o a João Rodrigues de Sá.
Na centúria seguinte, mais precisamente em 1448, D. Afonso V (1438–1481) fez mercê do Castelo de Feira a Fernão Pereira, 3º senhor da Feira, que foi sucedido no controle do Castelo pelo seu filho, Rui Vaz Pereira, 1º Conde da Feira. Neste período, a fortificação ganhou sua atual configuração e adaptações às funções de residência senhorial.
O rei D. Manuel I (1495-1521) hospedou-se no Castelo de Feira em 1502 e, em 10 de fevereiro de 1514, este rei concedeu foral a atribuir a Feira o título de cabeça das Terras de Santa Maria. No mesmo foral surgiu a designação Lama e, posteriormente, a denominação Lamas da Feira para o que hoje é a Freguesia de Lamas.
O Castelo de Feira permaneceu nas mãos dos Pereira até 1700, quando faleceu o oitavo e último Conde de Feira, que não deixou descendência direta. A partir daí, a Casa da Feira foi incorporada à Casa do Infantado, até a extinção desta última.
No século XVIII, o Castelo foi atingido por dois acidentes: Um incêndio em 1722, e o terremoto de 1755. A partir do sinistro, o Castelo de Feira foi abandonado, a permanecer assim até a segunda metade do século XIX, quando a municipalidade exerceu alguns esforços para a sua recuperação. Mas foi na centúria seguinte que o Castelo passou por várias restaurações, foi aberto à visitação pública e, ainda, declarado Monumento Nacional, por decreto de 16 de junho de 1910.
Sobre Feira, a mesma foi elevada a cidade pelo decreto-lei nº 39 de 14 de agosto de 1985. Até então a localidade era conhecida somente como Vila da Feira. Também em 1985 Lamas e Paços de Brandão tornam-se vila. Acrescenta-se, ainda, que os atuais concelhos de Albergaria-a-Velha, Arouca, Castelo de Paiva, Espinho, Estarreja, Gondomar, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Ovar, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, Sever do Vouga, Vale de Cambra e Vila Nova de Gaia compõe a região que já foram Terras de Santa Maria.
CASTELO DE VILA DA FEIRA
Largo do Castelo
Santa Maria da Feira
4520 Santa Maria da Feira
Telefone: + 351 25 – 6372248
QUINTA DO ENGENHO NOVO
Rua do Engenho – Paços de Brandão.
CLUBE DE FUTEBOL UNIÃO DE LAMAS
Av. Comendador Henrique Amorim – Apartado 68
4535-904 Santa Maria de Lamas
Telefone: + 351 22 – 7442411
MUSEU COMENDADOR HENRIQUE AMORIM
Situa-se na praça principal da Freguesia de Lamas
Telefone: +351 22 – 7442287
BIBLIOGRAFIA E SÍTIOS CONSULTADOS
FERREIRA, Fábio. O Condado Portucalense e as relações de poder no Portugal de D. Henrique: séculos XI/XII. In: Revista Tema Livre, ed.01, 23 abril 2002. Disponível em: http://www.revistatemalivre.com
SARAIVA, José Hermano. História de Portugal. Lisboa: Alfa, 1993.
PORTUGAL, MADEIRA E AÇORES. In: Guia Visual Folha de S. Paulo. São Paulo: Publifolha, 1999.
http://www.arqnet.pt/dicionario/feiracondes.html
http://www.byweb.pt/santamariadafeira/mapa.html
http://www.cm-feira.pt/site/paginas.asp?acr=cnc_s1220
http://www.feirenseweb.com/feira.php?colname=3
http://www.imultimedia.pt/papel/nucleos2.htm
http://www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=70478
http://www.jf-pacosdebrandao.pt/
http://www.jf-santamariadelamas.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lamas_(Santa_Maria_da_Feira)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_da_Feira
http://www.roteirosdaagua.com/site/patrimonio.asp?acr=rct&ac=ver&id=352&concelho=9
http://www.zerozero.pt/equipa.php?id=34&PHPSESSID=5c0c083e59fe8ce93746579c4146696f
Conimbriga, vestígios de Roma (edição 07)
Aveiro, a Veneza portuguesa (edição 06)
Inauguração da exposição "Imagens de Portugal"
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Crepúsculo Niteroiense: 1ª parte
Crepúsculo Niteroiense: 2ª parte
INFORMAÇÕES GERAIS
Nesta edição da Revista Tema Livre, a de número 12, em que comemora-se os cinco anos da publicação, a exposição virtual "Imagens de Portugal" é dedicada à cidade de Lisboa que, além de ser a capital portuguesa, é a do distrito de mesmo nome e, ainda, é a maior cidade do país em termos populacionais. Lisboa conta com 556.797 habitantes e a sua área metropolitana é composta de aproximadamente 2,1 milhões de pessoas. O concelho de Lisboa corresponde aos limites da citada cidade, possuindo 83,84 km² de área, sendo subdividido em 53 freguesias. Lisboa encontra-se no estuário do rio Tejo, à margem direita desta via fluvial, que tem a sua nascente na Espanha, e dista 17 km do Atlântico.1
BREVE HISTÓRICO
O surgimento de Lisboa teria dado-se por volta de 1200 anos antes da encarnação de Cristo, possivelmente pelo comércio realizado pelos fenícios. Acredita-se que os gregos, pelos mesmos motivos, estiveram nesta área. Séculos mais tarde, por volta de 205 a.C., Olisipo, nome de Lisboa à época, alia-se aos romanos e, como retribuição, os seus habitantes recebem a Cidadania Romana. Ressalta-se que já na Era Cristã, a cidade é uma das primeiras da península a converter-se a Cristo.
Com o fim do Império Romano, a cidade sofre invasões dos Alanos, Vândalos e Visigodos, até que, em 719, os Mouros a ocupam, chamando a antiga Olisipo de al-Usbûna. Séculos depois, mais especificamente em 1147, a cidade é reconquistada por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal e, em 1256, Lisboa torna-se a capital do reino. No reinado de D. Dinis (1279-1325), mais precisamente em 1288, mesmo ano em que o português torna-se a língua oficial do país, funda-se, em Lisboa, a primeira universidade de Portugal.
Também foi a partir de Lisboa que partiram as expedições que proporcionaram os grandes descobrimentos. Vasco da Gama saiu dessa cidade para a Índia em 1497 e Cabral para o Brasil em 1500. Durante o reinado de D. Manuel I é construída, no denominado estilo manuelino, a Torre de Belém, fortaleza no rio Tejo. Neste mesmo período, o Terreiro do Paço torna-se importante centro político e comercial de Lisboa, sendo, ainda, relevante recordar a projeção mercantil da cidade junto às outras cidades da Europa.
No século XVII, mais especificamente em 1640, com a Restauração da Independência de Portugal e o fim da União Ibérica, foi em Lisboa que ocorreu a principal revolta contra o domínio de Castela. Na centúria seguinte, em 1755, Lisboa foi atingida por um grande terremoto, que teve o seu epicentro no Algarve, e que destruiu a cidade quase em sua totalidade, com tremores que puderam ser sentidos em áreas relativamente distantes, como, por exemplo, na península itálica.
À época, Portugal tinha como rei D. José I e o influente ministro deste monarca era Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal. O ministro encarrega-se da elaboração de um plano urbanístico de quadriculas abertas para a reconstrução da cidade. Em função disto, esta parte de Lisboa passa a ser designada de Baixa Pombalina.
Nos primeiros anos do século XIX, Lisboa é invadida pelas forças de Napoleão Bonaparte, que obrigam ao príncipe regente D. João a estabelecer-se no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Também foi nesse século, mais precisamente no seu último quarto, que a cidade expandiu-se para além da Baixa, com a abertura da Avenida da Liberdade para regiões mais afastadas do Tejo.
No século XX, Lisboa é o principal ponto de importantes mudanças políticas para Portugal, como a implementação da República, em 1910, e a Revolução dos Cravos, em 1974. Ressalta-se, ainda, que durante o período do Estado Novo (1926-1974) a área de Belém sofre importantes intervenções do governo de Salazar. Neste local ocorre a Exposição do Mundo Português (1940) e a criação do Padrão dos Descobrimentos (1960). Também no período do Estado Novo cria-se a ponte sobre o Tejo, que, atualmente, é chamada de 25 de abril.
Em 1998, a cidade recebe a Exposição Mundial dos Oceanos, conhecida como Expo 98, no Parque das Nações. A exposição tem a sua inauguração no dia 22 de maio, quando completam-se os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia. Também nesta área inaugura-se uma torre com o nome deste navegador e uma segunda ponte sobre o Tejo, que é a maior da Europa e igualmente à torre, foi batizada com o nome de Vasco da Gama.
Assim, a cidade de Lisboa possui uma série de sítios que remontam vários períodos da história de Portugal e do seu Império ultramarino. Além disto, Lisboa merece ser conhecida pelo seu vasto potencial histórico e cultural, então, a Revista Tema Livre traz aos seus leitores nesta edição comemorativa a primeira parte da exposição virtual dedicada à capital de Portugal, delimitando-a a três pontos relevantes e belos: o Terreiro do Paço, Belém e o Parque das Nações. Na próxima edição, haverá a segunda parte da exposição virtual dedicada a Lisboa, com novas fotos da capital portuguesa.
NOTA
1 – Sobre os dados populacionais, observa-se que eles são referentes ao ano de 2001 e estão disponíveis em: http://www.cm-lisboa.pt/.
Além disto, agrega-se que o concelho de Lisboa é composto pelas seguintes freguesias: Ajuda, Alcântara, Alto do Pina, Alvalade, Ameixoeira, Anjos, Beato, Benfica, Campo Grande, Campolide, Carnide, Castelo, Charneca, Coração de Jesus, Encarnação, Graça, Lapa, Lumiar, Madalena, Mártires, Marvila, Mercês, Senhora de Fátima, Pena, Penha de França, Prazeres, Sacramento, Santa Catarina, Santa Engrácia, Santa Isabel, Santa Justa, Santa Maria de Belém, Santa Maria dos Olivais, Santiago, Santo Condestável, Santo Estevão, Santos-o-velho, São Cristóvão, São Lourenço, São Domingos de Benfica, São Francisco Xavier, São João, São João de Brito, São João de Deus, São Jorge de Arroios, São José, São Mamede, São Miguel, São Nicolau, São Paulo, São Sebastião da Pedreira, São Vicente de Fora, Sé e Socorro.
BIBLIOGRAFIA E SÍTIOS CONSULTADOS
GARCIA, José Manuel. História de Portugal: Uma visão global. Lisboa: Editorial Presença, s/d.
MATTOSO, José (Coord.). História de Portugal, v.1. Lisboa: Editorial Estampa, s.d.
OLIVEIRA MARQUES, A.H. de. História de Portugal: desde os tempos mais antigos até ao governo do sr. Pinheiro de Azevedo. Lisboa: Palas Editores, s./d.
SARAIVA, José Hermano. História de Portugal. Lisboa: Alfa, 1993.
PORTUGAL, MADEIRA E AÇORES. In: Guia Visual Folha de S. Paulo. São Paulo: Publifolha, 1999.
http://www.cm-lisboa.pt/
Conimbriga, vestígios de Roma (edição 07)
Aveiro, a Veneza portuguesa (edição 06)
nauguração da exposição "Imagens de Portugal"
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Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
Conimbriga, vestígios de Roma (edição 07)
Aveiro, a Veneza portuguesa (edição 06)
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Aveiro, conhecida desde 959 pelo testamento da condessa Mumadona Dias, localiza-se a 68 km ao sul da cidade do Porto e é conhecida como a Veneza portuguesa pelos seus belos canais. A cidade também dá nome ao distrito de 2.808 km², que, a seu turno, abriga dezenove municípios, a saber-se: Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Arouca, Aveiro, Castelo de Paiva, Espinho, Estarreja, Ílhavo, Mealhada, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Sever do Vouga, Vagos, Vale de Cambra.
Dentre os diversos aspectos históricos de Aveiro pode-se destacar que, no reinado de D. José I (1750 – 1777), a cidade mudou de nome. Passou, então, a chamar-se Nova Bragança (1759), em função do Processo dos Távoras, que, como um dos seus resultados, teve a execução pública do Duque de Aveiro, considerado culpado pela tentativa de regicídio. Com a queda de Pombal – importante articulador para que o processo resultasse na pena capital aos seus inimigos políticos – e a instalação do reinado de Dona Maria I (1777-1816) – opositora às ações do ministro de seu pai – a cidade tem o seu antigo nome restituído, Aveiro.
Além do exposto, destaca-se que uma das atrações de Aveiro é o seu museu. Este está instalado no antigo Convento de Jesus, vinculado à ordem dominicana, onde a infanta Dona Joana, da dinastia de Avis e filha de D. Afonso V (1438 — 1481), adentra em 1472, vindo a falecer, neste local, quase vinte anos depois, em 1490. Foi, posteriormente, no século XVII, beatificada por Roma. Popularmente, é conhecida como a Princesa Santa Joana.
Por fim, observa-se que Aveiro possui uma universidade, que, por sua vez, leva o seu nome. A culinária da cidade também merece destaque, sendo a localidade conhecida pelos deliciosos ovos moles, uma especialidade local, cuja receita é atribuída às freiras. Segundo a tradição, as religiosas utilizavam a clara de ovo para engomar suas vestimentas, enquanto que, para evitar o desperdício, as gemas eram usadas para o doce. Com a extinção dos conventos locais, os ovos moles mantiveram-se na culinária lusa em virtude das pessoas que foram educadas pelas freiras mencionadas anteriormente.
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Um pouco de história
A Quinta de Queluz, outrora posse de simpatizantes de Castela que tiveram seus bens confiscados devido à Restauração (1640), pertencia aos filhos segundos dos reis portugueses, devido à instituição da Casa do Infantado, criada por D. João IV em 1654.
A passagem da “Casa de Campo” de Queluz para Palácio deveu-se a D. Pedro III (1717-1786), que iniciou as obras em 1747. Devido ao casamento de D. Pedro com sua sobrinha (filha do seu irmão D. José I), a futura rainha D. Maria I (1734-1816), o projeto inicial foi alterado e novas obras foram iniciadas, tendo como arquiteto o francês Jean Baptiste Robillion.
O palácio é considerado a Versalhes portuguesa e o mais belo exemplo da arquitetura rococó em Portugal, tendo se tornado a residência oficial de D. João e Dona Carlota em 1794, mesmo local onde foi realizado o casamento deles quase dez anos antes. Por fim, nesse palácio, ainda vieram a viver outros personagens vinculados às histórias do Brasil e de Portugal: D. Miguel, D. Pedro I do Brasil/D. Pedro IV de Portugal (nasceu e faleceu no Palácio, assim como sua progenitora, que teve o seu óbito em 1830).
Fotos
O Palácio Nacional fica na freguesia de Queluz, concelho de Sintra, distrito de Lisboa.
Contato: Tel.: +351 214 343 860
Fax: +351 214 343 878
Correio Eletrônico: pnqueluz@ippar.pt
Bibliografia e sítios consultados:
FERRO, Maria Inês. Queluz: o palácio e os jardins. Londres: Scala Books, 1997.
SARAIVA, José Hermano. História de Portugal. Lisboa: Alfa, 1993.
http://www.cidadequeluz.com/palacio_queluz.htm
http://www.ippar.pt/monumentos/palacio_queluz.html
http://www.malhatlantica.pt/sintra/monument/m16.htm
http://www.portugalvirtual.pt/_tourism/costadelisboa/sintra/queluzp.html
Mais informações disponíveis na Revista Tema Livre sobre a Casa de Bragança e sua articulação com a história de Portugal:
(Em ordem alfabética)
As incursões franco-espanholas ao território português: 1800 – 1810
A Presença Luso-brasileira na Região do Rio da Prata: 1808-1822,
Entrevista com a Prof. Dra. Francisca Azevedo, biógrafa de Carlota Joaquina.
Para mais imagens de Portugal disponíveis na Revista Tema Livre, clique aqui.
Com Queluz, inaugurou-se a exposição "Imagens de Portugal", na edição 05 da Revista Tema Livre, em comemoração ao primeiro ano da publicação.
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Crepúsculo Niteroiense: 1ª parte
A seção fotos foi inaugurada na edição 03 da Revista Tema Livre com a presente exposição.
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