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Milton Santos é homenageado no espaço público de Salvador

Niterói, 28 de fevereiro de 2022

Foto do geógrafo em 1994/Foto: Jorge Maruta/USP Imagens

Depois de Paulo Gustavo tornar-se nome de rua em Niterói, retirando a homenagem ao cel. Moreira César, que morreu em Canudos, agora foi a vez do geógrafo Milton Santos (1926 – 2001) ter seu nome atrelado ao espaço público, não em Niterói, mas em Salvador. Desde o final de fevereiro, a prefeitura da capital baiana sancionou lei que transformou a então Av. Adhemar de Barros em Milton Santos.

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A trajetória de Milton Santos
Nascido em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, Santos vem de uma família de professores. Já em Salvador, aos 15 anos, ele começou a lecionar geografia, porém, graduou-se em Direito na UFBA. Isso não impediu que o personagem abandonasse a geografia. Ele foi para Ilhéus lecionar no colégio municipal da cidade a mencioanda disciplina. Também a partir de Ilhéus, atuou no Jornal da Tarde.
Na década de 1950, Santos foi convidado a ingressar no doutorado na Universidade de Estrasburgo, na França, onde defendeu a tese 'O Centro da Cidade de Salvador'.
Em 1964, com o golpe militar, Santos chegou a ser preso e, ao abandonar o cárcere, foi lecionar na França, onde obteve o seu primeiro título de Doutor Honoris Causa. Também durante seu exílio, lecionou em universidades dos EUA, Canadá, Tanzânia, Venezuela e Peru.
De volta ao Brasil, atuou como professor na UFRJ até 1983. No ano seguinte, tornou-se titular na USP.
Em 1994, Santos recebeu o prêmio Vautrin Lud, considerado o "Nobel da Geografia", tendo sido o primeiro latino-americano a receber a distinção. No ano seguinte, tornou-se Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e, em 1997, recebeu o #Jabuti de Literatura pelo livro A Natureza do Espaço – Técnica e Tempo, Razão e Emoção.
No que diz respeito aos seus livros, Santos publicou mais de 40, tanto no Brasil, quanto no exterior.

 

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UFF se destaca em avaliação da Capes com nove cursos de Pós-Graduação de nível internacional

Niterói, 22 de outubro de 2017.
Criada em 11 de julho de 1951, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nacional de Nível Superior (Capes) tem como objetivo expandir e consolidar os programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todo o Brasil. A avaliação, realizada pela agência a cada quatro anos, é uma ferramenta para que a comunidade universitária mantenha um padrão de excelência acadêmica para os programas de pós-graduação e seu resultado serve como base para a formulação de políticas para a pós-graduação e para as ações de incentivo a bolsas de estudo, auxílios e apoio acadêmico.
Na escala de avaliação utilizada pela Capes, os cursos que recebem seis e sete – que contam com mestrado e doutorado – são considerados no mesmo nível de seus pares internacionais. Este ano, oito programas de pós-graduação da UFF receberam nota seis – Economia, Física, Geoquímica, Geografia, Computação, Comunicação, Estudos de Literatura e Química -, e o curso de História recebeu, mais uma vez, o conceito máximo, sete. Isso significa que a UFF conseguiu um desempenho superior à avaliação anterior, mesmo com o atual cenário brasileiro de austeridade, com cortes profundos no orçamento destinado à pesquisa e à pós-graduação.
Para o coordenador do Programa de Pós-graduação em Física (PPG-Física), Marcelo Sarandy, a pesquisa no país tem evoluído em seus aspectos quantitativos e qualitativos. Nesse contexto, é bastante relevante para os programas o destaque no cenário nacional, o que favorece a obtenção de recursos e o desenvolvimento contínuo da pesquisa na universidade. “Para o PPGF, esse conceito seis demonstra mais uma vez, a qualidade do nosso trabalho. Temos alto índice de produtividade em pesquisa, tanto de docentes quanto de discentes, espectro amplo de linhas de atuação e boa infraestrutura para as atividades acadêmicas”, afirma.
O diferencial do Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO), segundo o seu coordenador, Marcio Piñon, é a produção intelectual qualificada, além de sua inserção internacional, em especial em países da América Latina e Europa, mas também da África, Sudeste Asiático e Austrália. Diversos docentes já participaram como professores visitantes em instituições estrangeiras e têm atuação em movimentos sociais em nível internacional. Além disso, já receberam estudantes de diversos países, especialmente latino-americanos. “Para o quadriênio em curso, esperamos adequar as nossas metas, otimizar os nossos esforços coletivamente e traçar estratégias, com o apoio da Proppi, para melhorar ainda mais os nossos resultados. Para isso, é fundamental que a Capes continue destinando recursos e bolsas em um nível satisfatório, capaz de atender à enorme demanda”, explica.
Segundo o coordenador do Programa de Pós-graduação em Estudo de Literatura (PPGEL), José Luis Jobim, a avaliação colocou o curso no patamar dos 13% melhores do país. No Estado do Rio de Janeiro, há apenas dois cursos com nota seis e nenhum com nota sete nas áreas de Linguística e Literatura. Para a ex-aluna do mestrado, Clarissa Marinho, o corpo docente é qualificado, engajado em atividades de extensão, colóquios, eventos e etc., e o programa é bastante organizado e articulado entre as linhas de pesquisa e projetos. “Concluí o mestrado em junho de 2016 e durante o período do curso executei minha pesquisa com uma orientação de excelência”, assegura.
Para a ex-coordenadora do Programa de Pós-graduação em História (PPGH), Ana Mauad, a nota sete na avaliação da Capes reafirma a excelência do PPGH como um coletivo de docentes, discentes e funcionários, e confirma a autonomia do programa na gestão dos recursos financeiros concedidos pela Capes. “A renovação da nota sete pela terceira vez sucessiva, nos projeta no cenário nacional e internacional com a certificação de excelência acadêmica. Atualmente, isso implica na confirmação das redes de pesquisa dentro e fora do país que, nos últimos anos, foram fomentadas, bem como na garantia aos nossos alunos e alunas do acesso a uma formação diferenciada na área de história”, conclui.
A ex-aluna do mestrado em história, Nathália Nicolau, afirma que o diferencial do PPGH é a sua ampla produção em diversos eixos da história, por trazer alunos de diversos lugares do país com temas de pesquisas variados, o que torna o intercâmbio de conhecimento mais rico. “Minha experiência com o programa foi impecável. Os professores foram solícitos em me ajudar, sanar dúvidas, dando suporte para minha pesquisa tomar forma. Consegui terminar no tempo planejado e tive ajuda financeira da Capes”, finaliza.
Texto adaptado de: http://www.uff.br/?q=noticias%2F10-10-2017%2Fuff-se-destaca-em-avaliacao-da-capes-com-nove-cursos-de-nivel-internacional