Direção/Roteiro: Adam McKay
Elenco: Jennifer Lawrence, Leonardo DiCaprio, Mark Rylance, Cate Blanchett, Meryl Streep.
Produção: EUA, 2021.
Um dos filmes mais assistidos de toda a história da Netflix, “Não Olhe para Cima” estreou nos últimos dias de 2021 e traz ao público uma tragédia: pesquisadores de uma universidade (vividos por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence) descobrem o cometa Dibiasky, que, em poucas semanas, se chocará com a Terra e destruirá a vida no planeta.
Inseridos em uma sociedade frívola, hipnotizada pelo ritmo frenético dos algoritmos da web, das mídias (sociais e tradicionais) e que se interessa pelo mundo das celebridades e da política transformada em circo tragicômico, a destruição da Terra se torna, também, um show e oportunidade para vários personagens e grupos sociais levarem o seu quinhão.
Em Hollywood, há quem lance filme sobre o cometa. Também há quem explore a situação em livro e a preocupação se haverá o Super Bowl. A presidente dos EUA (Meryl Streep), sempre auxiliada por seu filho (Jonah Hill) nas questões políticas e no uso exaustivo das redes sociais, pensa nos benefícios políticos que pode lograr com o Dibiasky. O dono de uma gigante da tecnologia (Mark Rylance), que pela sua fortuna leva os interesses de sua organização para dentro da Casa Branca, se opõe ao projeto da Nasa para o cometa, a ponto de Washington submeter-se ao empresário que quer extrair metais do corpo celeste. Para seduzir a população para o projeto, o CEO argumenta que a riqueza do Dibiasky acabará com a pobreza na Terra. Até mesmo o acadêmico interpretado por Di Caprio cede ao poder da fama. Em determinado trecho do filme, de um acadêmico que pelos cacoetes do ofício tem dificuldade de se comunicar com o grande público, vira estrela midiática, estampando jornais e fazendo peregrinação por vários programas de TV, beneficiando-se, portanto, desse universo.
Além disso, há aqueles que acusam os pesquisadores de marxistas e os que buscam soluções estapafúrdias, como a compra de pás para cavarem buracos para se protegerem do cometa. O que a ciência detectou é, para alguns, um complô, ou seja, o que os pesquisadores levaram à sociedade não passaria de uma grande mentira. Paralelamente, a cada dia o cometa aproxima-se e o risco de extinção da vida na Terra está para chegar.
Porém, o que o filme mostra é que o que vale para uma sociedade anestesiada, embevecida por um mundo superficial e manipulada por oportunistas são os benefícios obtidos via uma tragédia anunciada, que foi politizada e explorada economicamente, mesmo que custe 7 bilhões de almas. Em um contexto de cloroquina, da junção da política com redes sociais, políticos e celebridades toscas, fake news, aquecimento global, dentre outros elementos que caracterizam a atualidade, o filme é uma sátira interessante da sociedade atual.
Spoiler
Não deixe de assistir aos créditos finais, pois em dois trechos surgem cenas importantes. Uma é a dos ricaços, que fugiram, em uma nave, em busca de outro planeta, já que a Terra foi destruída pelo cometa. A outra, é a do único sobrevivente da tragédia, o filho da presidente, que, esquecido pela mãe no nosso planeta, quer pelo seu celular mostrar a nova realidade através das redes sociais.
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Inseridos em uma sociedade frívola, hipnotizada pelo ritmo frenético dos algoritmos da web, das mídias (sociais e tradicionais) e que se interessa pelo mundo das celebridades e da política transformada em circo tragicômico, a destruição da Terra se torna, também, um show e oportunidade para vários personagens e grupos sociais levarem o seu quinhão.
Em Hollywood, há quem lance filme sobre o cometa. Também há quem explore a situação em livro e a preocupação se haverá o Super Bowl. A presidente dos EUA (Meryl Streep), sempre auxiliada por seu filho (Jonah Hill) nas questões políticas e no uso exaustivo das redes sociais, pensa nos benefícios políticos que pode lograr com o Dibiasky. O dono de uma gigante da tecnologia (Mark Rylance), que pela sua fortuna leva os interesses de sua organização para dentro da Casa Branca, se opõe ao projeto da Nasa para o cometa, a ponto de Washington submeter-se ao empresário que quer extrair metais do corpo celeste. Para seduzir a população para o projeto, o CEO argumenta que a riqueza do Dibiasky acabará com a pobreza na Terra. Até mesmo o acadêmico interpretado por Di Caprio cede ao poder da fama. Em determinado trecho do filme, de um acadêmico que pelos cacoetes do ofício tem dificuldade de se comunicar com o grande público, vira estrela midiática, estampando jornais e fazendo peregrinação por vários programas de TV, beneficiando-se, portanto, desse universo.
Além disso, há aqueles que acusam os pesquisadores de marxistas e os que buscam soluções estapafúrdias, como a compra de pás para cavarem buracos para se protegerem do cometa. O que a ciência detectou é, para alguns, um complô, ou seja, o que os pesquisadores levaram à sociedade não passaria de uma grande mentira. Paralelamente, a cada dia o cometa aproxima-se e o risco de extinção da vida na Terra está para chegar.
Porém, o que o filme mostra é que o que vale para uma sociedade anestesiada, embevecida por um mundo superficial e manipulada por oportunistas são os benefícios obtidos via uma tragédia anunciada, que foi politizada e explorada economicamente, mesmo que custe 7 bilhões de almas. Em um contexto de cloroquina, da junção da política com redes sociais, políticos e celebridades toscas, fake news, aquecimento global, dentre outros elementos que caracterizam a atualidade, o filme é uma sátira interessante da sociedade atual.
Spoiler
Não deixe de assistir aos créditos finais, pois em dois trechos surgem cenas importantes. Uma é a dos ricaços, que fugiram, em uma nave, em busca de outro planeta, já que a Terra foi destruída pelo cometa. A outra, é a do único sobrevivente da tragédia, o filho da presidente, que, esquecido pela mãe no nosso planeta, quer pelo seu celular mostrar a nova realidade através das redes sociais.
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